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O preço invisível de ceder sempre aos combinados feitos com a sua criança

  • Foto do escritor: evelyn442
    evelyn442
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura
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Muita gente ainda acredita que, quando a criança entra em crise, ceder ao choro é o caminho mais rápido para resolver. Só que, quando o adulto volta atrás nos combinados diante do grito, o cérebro infantil registra um padrão poderoso de reforço: “Se eu aumentar a intensidade, eu consigo.” Esse circuito vai se fortalecendo e, com o tempo, a criança passa a depender cada vez mais do choro explosivo para lidar com qualquer frustração. Ela não aprende a esperar, a negociar, a persistir ou a tolerar um “não”, porque emocionalmente nunca teve a chance de desenvolver essas habilidades.


Na rotina escolar, isso aparece com força. A criança que sempre conseguiu o que queria no impulso encontra um ambiente onde regras são coletivas e não mudam diante do choro. Ela se sente injustiçada, reage mal aos limites, entra em conflito com professores e colegas, desiste rápido das tarefas e demonstra dificuldades de convivência. Não porque seja “malcriada”, mas porque seu cérebro não foi treinado a lidar com frustrações pequenas, e cada negativa vira uma ameaça, um gatilho, um caos interno.


E isso continua na vida adulta. Uma pessoa que cresceu sendo atendida pelo choro tende a ter baixa tolerância à frustração, agir por impulso, se irritar facilmente e sentir que o mundo “não colabora”. Relacionamentos ficam mais difíceis, a convivência profissional também. Surge insegurança, ansiedade, necessidade constante de validação e dificuldade de se reorganizar quando algo foge do esperado. O adulto pode até ter muitas capacidades, mas emocionalmente continua sem as ferramentas de autorregulação que deveriam ter sido construídas lá atrás — no colo, na presença, no diálogo, orientação e consistência dos limites.


Por isso, o que esse pai fez aqui é tão valioso. Ele não deu o que a criança queria. Ele deu o que ela precisava: presença, calma, contorno. Ele segurou, respirou junto, sustentou a emoção sem barganhar, sem entrar no desespero e sem romper a conexão. Nesse tipo de cuidado, o cérebro aprende outra mensagem: “Eu posso sentir, e meu adulto continua comigo.” É assim que nasce a verdadeira segurança emocional, aquela que acompanha a criança na escola, na vida e dentro dela mesma.


E você, já viveu uma situação assim por aí? Como costuma reagir nesses momentos?


Espero que este texto te ajude a refletir no mal que estamos gerando as crianças em sua preparação para o mundo atual cada vez mais rápido e interativo.


Até a próxima!

Aproveitando para desejar um 2026 incrível começando pela sua família.

Abraço,

Evelyn

 
 
 

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© 2015 Corpo em Atividade

Evelyn de Paula Pereira
Profa. de Educação Física e Psicomotricista
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